O avanço do serverless computing e o impacto na estratégia digital das empresas

O avanço do serverless computing e o impacto na estratégia digital das empresas
Arquitetura serverless em ambiente de nuvem corporativa.

O mercado global de serverless computing comporativa atingiu aproximadamente USD 24,51 bilhões em 2024 e deve chegar a USD 52,13 bilhões até 2030, com crescimento médio anual de 14,1% entre 2025 e 2030, segundo a Grand View Research. Para quem lidera estratégias de TI, esse dado representa mais do que um indicador econômico: ele reflete a urgência de alinhar eficiência operacional, agilidade e sustentabilidade de custos em um ambiente digital que muda rapidamente.

O que torna o modelo serverless tão relevante

O serverless é um modelo em que a infraestrutura é gerenciada por um provedor de nuvem, permitindo que as equipes de TI se concentrem apenas no código e na lógica de negócio. Esse modelo de gestão automatizada da infraestrutura elimina tarefas como provisionamento, manutenção e escalonamento de servidores, tornando o ambiente mais dinâmico e sob demanda.

O conceito é impulsionado pelo Function-as-a-Service (FaaS), em que aplicações são compostas por pequenas funções que são executadas apenas quando chamadas. Ainda de acordo com o mesmo relatório da Grand View Research, o segmento FaaS representou mais de 61% da participação de mercado em 2024, mostrando que as organizações já percebem valor em arquiteturas orientadas a eventos.

Ou seja, em vez de manter servidores ociosos, o modelo serverless permite pagar apenas pelo uso efetivo de recursos. Ainda assim, essa aparente simplicidade exige preparo e maturidade.

Modelos de cobrança e otimização de custos no serverless computing

Adotar o serverless significa lidar com novas variáveis de gestão. Com a gestão da infraestrutura a cargo do provedor, surgem dúvidas legítimas sobre visibilidade de custos, monitoramento de desempenho, além da dependência de fornecedores.

Um exemplo prático está no controle de gastos: embora o modelo cobre apenas pelo uso, a falta de monitoramento pode gerar custos imprevisíveis. Além disso, há desafios técnicos, como latência em funções de cold start e observabilidade limitada em ambientes altamente distribuídos.

Outro ponto sensível é o vendor lock-in. Muitos provedores oferecem recursos exclusivos para otimizar a experiência serverless, o que pode dificultar a portabilidade entre nuvens. Assim, a decisão de adoção precisa incluir planos de contingência e estratégias de interoperabilidade.

Por que o serverless redefine a agilidade corporativa

Outro difrencial do serverless é sua flexibilidade de desenvolvimento. Trata-se de um ambiente multilinguagem, que permite criar e executar aplicações em diversas linguagens e frameworks, como Java, Python, JavaScript ou Node.js, entre outros. Essa liberdade técnica reduz barreiras de adoção e acelera a entrega de novas soluções, já que as equipes podem trabalhar com ferramentas que já dominam, sem a necessidade de ajustar a infraestrutura a cada projeto.

A combinação entre escalabilidade automática e resposta sob demanda cria um ambiente mais alinhado às dinâmicas de inovação que as empresas modernas exigem. Isso explica por que, conforme o relatório citado da Grand View Research, grandes corporações já representam mais de 59% da adoção global de serverless.

Isso porque elas perceberam que o modelo não é apenas uma alternativa técnica, mas uma forma de reestruturar a operação de TI para o negócio digital.

Caminhos para uma adoção inteligente

Adotar o serverless não deve ser um movimento abrupto, mas uma decisão estratégica. Por isso, é importante mapear quais workloads são adequados ao modelo e estruturar políticas que garantam rastreabilidade e previsibilidade.

Para tanto, é recomendável que equipes executivas criem métricas específicas para mensurar o impacto do serverless no negócio, não apenas em termos de custo, mas também de tempo de entrega e eficiência operacional. Essa visão orientada a resultados ajuda a TI a manter protagonismo estratégico.

Da operação ao valor estratégico: o que muda com o serverless computing

No fim das contas, o serverless vai além de uma arquitetura: ele representa uma nova forma de pensar o papel da TI. O foco deixa de ser manter infraestrutura e passa a ser integralmente entregar soluções de negócio. Esse é o ponto mais importante, usar tecnologia como vetor de valor e não como um centro de custo.

À medida que o modelo evolui, cresce também a necessidade de compartilhamento de conhecimento e boas práticas entre profissionais do setor. Por isso, acompanhar o debate sobre serverless, cloud computing e inovação é essencial para qualquer liderança de TI que deseje tomar decisões embasadas e estratégicas.

Acompanhe as redes sociais da AbraCloud para continuar atualizado sobre tendências que estão moldando o futuro da tecnologia e da computação em nuvem.

Últimas notícias

Nossos associados