Entenda como CSPs buscam monetizar redes 5G

Entenda como CSPs buscam monetizar redes 5G

O 5G, a quinta geração da tecnologia móvel, promete mudar a maneira como interagimos com o mundo digital e como as empresas monetizam a conectividade. Com altíssimas velocidades de transmissão de dados, baixa latência e capacidade inédita de conectar dispositivos, o 5G oferece diversas oportunidades de monetização para os Provedores de Serviços de Comunicação (CSPs).

APIs: portas de entrada para inovação em 5G por CSPs

A exposição de APIs (Interfaces de Programação de Aplicações) é vista por 73% dos CSPs como uma prioridade operacional, segundo a Nokia. De fato, as APIs são fundamentais para aproveitar o potencial do 5G, atuando como pontes que conectam diferentes softwares, permitindo que eles se comuniquem e funcionem juntos.

Para os CSPs, isso significa a possibilidade de oferecer serviços inovadores e personalizados. As possibilidades são muitas e podem ir desde jogos imersivos com baixa latência até soluções complexas para cidades inteligentes.

A baixa latência corresponde ao tempo reduzido de transmissão de dados em um sistema de computador ou rede de comunicação. No contexto do 5G, isso se refere ao tempo que um pacote de dados leva para viajar de um ponto a outro. Dessa forma, essa característica se torna

essencial para aplicações que dependem de respostas rápidas, como jogos online ou telemedicina. Isso porque o tempo de resposta afeta diretamente a experiência do usuário ou a qualidade do atendimento ao paciente.

O papel da nuvem

Uma arquitetura nativa em nuvem é essencial para ter um sistema de monetização compatível com o 5G. Conforme a Nokia, 70% dos CSPs consultados pensam em usar a nuvem pública para seus sistemas de monetização. Isso traz várias vantagens, como grande capacidade de escalabilidade, ambiente ideal para Inteligência Artificial (IA) e análise de dados, além da habilidade de processamento de dados rapidamente.

Novas fronteiras de receita: IoT e NaaS

A Internet das Coisas (IoT) e o Network as a Service (NaaS) são exemplos de áreas promissoras para a monetização do 5G pelos CSPs. A IoT permite a conexão de dispositivos do dia a dia à internet, provendo a coleta de dados para diversos fins.. A IoT permite a conexão de dispositivos do dia a dia à internet, provendo a coleta de dados para diversos fins. Por sua vez, o NaaS é um modelo de negócios onde os CSPs oferecem serviços de rede sob demanda. A Ericsson destaca que serviços como o Fixed Wireless Access (FWA) e soluções de IoT podem se tornar fontes de receita.

Segundo estimativas da Nokia, espera-se que o mercado para esses serviços, habilitados por APIs, cresça de US$ 12 bilhões em 2022 para US$ 34 bilhões até 2026. A Ericsson ainda destaca que serviços como o Fixed Wireless Access (FWA) e soluções de IoT podem se tornar fontes de receita.

Já a Deloitte Global mostra que 90% dos CSPs que lançaram o 5G já disponibilizaram o FWA para seus clientes. Os analistas apontam uma taxa de crescimento anual composta de 88% nas conexões de FWA 5G no período de 2020 a 2026.

Serviços como largura de banda sob demanda, redes privadas virtuais (VPNs) e firewall como serviço são exemplos de soluções que permitem às empresas responderem rapidamente às mudanças nas demandas de mercado.

Desafios e soluções na monetização 5G pelos CSPs

Contudo, os CSPs enfrentam desafios ao buscar monetizar as redes 5G, como a complexidade dos serviços, o volume de transações e a necessidade de infraestrutura adequada.

Dessa maneira, estratégias como a exposição de APIs e a segmentação de mercado oferecem soluções viáveis. Por exemplo, a segmentação de mercado permite que os CSPs atendam às necessidades específicas de diferentes grupos de usuários, como gamers que buscam baixa latência ou empresas que necessitam de alta largura de banda.

Projeções de mercado e potencial de crescimento

O mercado para serviços habilitados por APIs de telecomunicações deve crescer, refletindo, assim, o potencial de monetização das redes 5G. De acordo com o Analysys Mason, estima-se que em 2024 a receita do 5G AS ultrapasse pela primeira vez a receita do 5G NSA, que utiliza a infraestrutura do 4G. Até 2028, o 5G SA deverá representar mais de 90% da receita sem fio global, modelo ideal para aplicações como IoT e uso industrial.

A monetização do 5G pelos CSPs envolve não só tecnologia, mas também a criação de novos modelos de negócios e fontes de receita. Com a implementação estratégica de APIs e NaaS, os CSPs podem oferecer soluções que atendam às demandas do mercado, que estão em constante transformação.

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