Gerenciar três, quatro ou até cinco nuvens diferentes, cada uma com seus próprios painéis, regras, agentes e custos, é uma tarefa que frequentemente ultrapassa a capacidade das equipes internas. Com o aumento da interdependência entre plataformas e serviços, essa complexidade se tornou parte do dia a dia de muitas organizações. Diante disso, recorrer a provedores de serviços gerenciados especializados em ambientes multicloud (MSPs multicloud) deixou de ser uma opção pontual e passou a representar uma escolha estratégica para garantir controle total e visibilidade sobre as operações.
Esse movimento tende a se intensificar. O Gartner prevê que até 2027, 90% das organizações adotarão estratégias de nuvem híbrida. O avanço dessas arquiteturas híbridas evidencia a importância de modelos de gestão coordenados, capazes de alinhar fatores como performance, custo e governança.
O papel dos MSPs multicloud na operação
Os MSPs multicloud atuam na configuração, monitoramento e automação, garantindo que cada recurso atenda às demandas do negócio com resultados consistentes.
Com a gestão centralizada, ajustes de desempenho e escalabilidade deixam de depender de múltiplos fornecedores. O provedor aplica políticas de elasticidade automatizadas, ajustando recursos conforme o volume de acessos ou o comportamento das aplicações.
Além disso, centraliza informações críticas e facilita comparações entre provedores, tornando o ambiente em nuvem mais transparente. Com dashboards integrados e monitoramento contínuo, o gestor obtém uma visão consolidada de custos, consumo e desempenho.
Dessa forma, a empresa mantém alto desempenho mesmo em períodos de pico, sem comprometer a segurança ou gerar desperdícios. Análises periódicas permitem antecipar necessidades futuras de infraestrutura, reduzindo gargalos e garantindo continuidade operacional.
Eficiência financeira com práticas de FinOps
A otimização de custos é um dos pilares da atuação de um MSP multicloud. De acordo com a Flexera, em relação a 2024, o número de empresas que implementam práticas de FinOps para melhorar o retorno sobre o investimento em nuvem aumentou de 51% para 59%.
Na prática, isso significa usar dados para conectar gastos a resultados reais. O MSP, por meio de práticas de FinOps, identifica workloads com baixo retorno, redistribui recursos e elimina ociosidade. Além disso, o acompanhamento contínuo evita surpresas no orçamento e possibilita prever picos de demanda. FinOps vai além do controle financeiro: é um modelo orientado por dados que garante previsibilidade no orçamento e sustentabilidade.
SaaS e IA: novas camadas da operação multicloud
A operação multicloud já não se limita à infraestrutura. Hoje, ela abrange também SaaS (Software as a Service) e IA (Inteligência Artificial), que se consolidaram como pilares das estratégias em nuvem.
As aplicações SaaS concentram processos e dados críticos distribuídos entre diferentes provedores. Já as soluções de IA demandam alta performance e integração contínua para gerar análises e automações em tempo real. Essa combinação amplia o potencial de eficiência, mas impõe a necessidade de coordenação rigorosa.
Ao gerenciar SaaS, IA e infraestrutura de forma integrada, os MSPs tornam viável o controle da complexidade e asseguram que cada tecnologia gere resultados concretos.
Como reconhecer um MSP multicloud realmente eficiente
Soluções isoladas costumam comprometer a visibilidade, dificultar o controle e aumentar a exposição a riscos. A atuação dos MSPs, portanto, passa a ser decisiva.
A seguir, os pontos que mais influenciam a qualidade da entrega de um MSP multicloud:
- Automação de provisionamento e elasticidade conforme demanda;
- Transparência em relatórios financeiros e operacionais;
- Integração de segurança e compliance em todos os ambientes;
- Capacidade de aplicar FinOps e demonstrar ROI com base em dados;
- Governança de custos com tagging consistente, visibilidade de gasto por workload.
O papel do MSP na geração de resultados
A complexidade crescente dos ambientes em nuvem torna o suporte especializado cada vez mais essencial. Segundo a Flexera, 60% das organizações já utilizam MSPs para gerenciar nuvens públicas, destacando a relevância desse auxílio. Ao unificar processos e oferecer visibilidade completa sobre recursos e custos, a infraestrutura deixa de operar de forma dispersa, permitindo decisões mais precisas sobre alocação e desempenho.
Dessa maneira, os MSPs multicloud combinam tecnologia e governança, promovendo tanto eficiência operacional quanto avanço digital nas empresas.
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